#3 REVIEWING | Manchester by the Sea

by - 1/17/2017

Este fim-de-semana fui ver o filme Manchester By The Sea, do realizador Kenneth Logeran, porque fiquei curiosa depois do mediatismo que foi criado durante os Globos de Ouro (inclusivé, ganhou um! (Best performance by an actor in a motion picture (drama) - Casey Affleck). De um modo geral, gostei muito mesmo do filme. É um daqueles pra chorar que se vê na sessão da 00h e depois se fica a pensar na vida, mas não um romance lamechas rapaz-e-rapariga-apaixonam-se-e-vivem-felizes-para-sempre.



Sinceramente, não sabia muito do filme quando o fui ver. Sabia que tinha ganho um prémio recentemente mas como também não prestei grande atenção aos Globos de Ouro deste ano não sabia muito bem de quê. Recomendaram-me o filme e eu decidi ir ver, um bocado "puxada" pelo recente sucesso.

Depois de uma cena introdutória, basicamente vemos o dia-a-dia de um handyman, Lee Chandler, em Boston, até ao dia em que recebemos uma notícia - o seu irmão, que sofre de uma doença cardiovascular, está prestes a falecer. Chandler retorna imediatamente para a sua cidade natal e depara-se com uma mudança de vida radical.

Curiosamente, o enredo não gira à volta do futuro desta personagem, mas sim do que o fez ser como é hoje. Assim, ficamos a conhecer um homem muito diferente daquele que conhecemos nos primeiros minutos do filme: passa de abstraído, indiferente, um pouco frio até, a uma pessoa só, em constante sofrimento e reflexão.

Manchester by the Sea não é um filme que agarra o espectador do início ao fim. No meu caso, passei do 8 ao 80. Passei de estar a ver o filme distraídamente e pensar até em pormenores irrelevantes para a história (como "Ah, que giro. Como é que será que eles estão a filmar aquilo?" ou "Será que ela não tem frio com aquele casaco?". Esqueçam, só eu mesmo.) para desatar a chorar baba e ranho e sentir uma empatia gigante com as personagens do filme. Melhor, eu e uma sala inteira! Sabem quando se faz silêncio num filme e só se ouve as pessoas na sala a fungar? Pois. E não me venham dizer que é a vaga de frio polar.

Na minha (humilde e nada expert na matéria) opinião, é preciso ir com disposição para o ver (por exemplo, o meu namorado foi comigo e adormeceu na primeira parte), porque os primeiros 40 minutos são muito mais monótonos do que o resto do filme. Não somos imediatamente cativados e andamos a tentar perceber tudo e a pensar sobre que é que esta história vai ser. Se não formos com muita vontade de ver o filme, o mais provável é desistirmos e "chatearmo-nos" com o filme (quantas vezes isso já me aconteceu!).

De resto, muito bem construído e com uma história muito forte, chocante até. Recomendo, mesmo.

(4/5)







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